Uma separação de casal é sempre muito dolorosa, até mesmo quando ambas as partes estão convictas da decisão, pois atinge, inevitavelmente, as pessoas mais próximas de ambos. Aqui entra um mal perverso e muitas vezes sutil: a síndrome da alienação parental.
Porque dentre todas as pessoas que serão impactadas pela nova realidade, as mais afetadas sempre serão os filhos do casal, em especial os menores de idade.
É um momento de extrema insegurança e angústia com o futuro, que para eles começa no dia seguinte sem o convívio com o pai ou a mãe. Dúvidas mil surgem e é nesse sentimento de vulnerabilidade que o ataque à imagem parental gera seus efeitos nocivos.
Mais do que os prejuízos que esse processo causa para à imagem do genitor e ao relacionamento dele com os filhos, existem danos profundos no desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes.
Por isso, é fundamental detectar e combater alienação parental imediatamente, para que jovens e crianças exerçam o seu direito à uma vida equilibrada.
Vamos falar a respeito!
Uma separação, mesmo que seja um divórcio com consenso sobre aspectos como a guarda, a pensão e as visitas, não deve se descuidar de um aspecto fundamental: a saúde emocional dos filhos.
Eles têm uma imagem idealizada de mães e pais como protetores e exemplos de atitudes. Isso deve ser preservado, independentemente dos resultados da separação para cada adulto.
Afinal, o que está se encerrando é a dissolução do matrimônio e não o direito à relação com os filhos e também o dever com eles em todos os sentidos – emocional, social e material.
Os filhos vão viver um momento extremamente difícil, não importando o quão cientes eles sejam e de que o rompimento é inevitável e até sadio para todos, incluindo eles.
Ainda assim serão dependentes da segurança que os pais devem transmitir. Por isso, é fundamental que a relação entre os pais seja saudável após a separação.
Antes de mais nada, precisamos reafirmar que alienação parental é crime, previsto na Lei 12.318 de 2010 conforme podemos ver na imagem abaixo.
Em geral, a alienação de parentesco é usada para atingir objetivos pessoais e que não têm relação ou benefício algum para os filhos, pode ocorrer por variados motivos, mas em muitos casos:
Essa situação provoca abalos graves no desenvolvimento psicológico da criança, uma vez que ela não possui a maturidade emocional suficiente para identificar e se proteger do crime.
A alienação parental também existe se os ataques são cometidos por avós e avôs, tios e tias, madrasta e padrasto ou outra pessoa com a qual a criança tenha convívio e relação de confiança.
A partir da identificação do crime, quem o comete e o genitor responsável pela criança no ambiente onde ocorrem os episódios podem ser indiciados.
A alienação parental também é caracterizada quando cometida contra o tutor e não apenas quando a guarda é de um dos genitores, pois é a tentativa de abalar a relação da criança com quem tem o dever de protegê-la.
A alienação parental é um processo muitas vezes sutil, com falas e atitudes pequenas no dia a dia mas que se acumulam psicologicamente na mente de uma pessoa vulnerável, porém mais atenta a tudo que acontece na nova realidade.
Aos poucos, vão impactando na imagem do filho sobre o genitor atingido. Por esse motivo, observar o comportamento da criança ou adolescente é o ponto de partida e a principal medida para detectar se há síndrome de alienação parental.
Ansiedade, agressividade e nervosismo são reações esperadas pela imaturidade natural para lidar com a separação dos pais, mas é preciso perceber o excesso e as reações de raiva e incômodo sem causa aparente.
Sinais de transtornos e depressão também são fortes indícios, quando o filho não consegue verbalizar e sofre mais internamente. O importante é prestar atenção ao comportamento para agir rapidamente.
Algumas ações do genitor alienador são típicas desse comportamento abusivo.
Em caso de suspeita de alienação parental, é preciso buscar medidas urgentes.
Se for constatada a alienação parental, o juiz pode determinar:
Como podemos perceber, a alienação de genitor é um crime com consequências imprevisíveis, de graus diversos mas sempre graves para a saúde como um todo de crianças e adolescentes.
Crianças e adolescentes precisam de suporte emocional para entender e lidar com essa transição. Comportamentos abusivos impactam na confiança e na segurança deles e não só com o genitor atingido, mas também com o genitor abusivo.
Eles podem desenvolver os mais graves distúrbios e doenças.
Esses e outros sinais representam a Síndrome da Alienação Parental, reconhecida como doença pela OMS em 2018, cujo ponto mais crítico é o ódio do filho por um dos pais – e que pode ser o genitor abusivo.
Portanto, é uma situação onde a criança é sempre a maior prejudicada.
Um casamento rompido não pode mudar as relações de maternidade e paternidade. Os filhos precisam do amor, do acolhimento, dos ensinamentos e dos valores de ambos para superar esse momento e crescer.
Os filhos nunca estão preparados para separações, por mais que elas sejam um fato normal na sociedade atual – e que isso ajude-os a não se sentirem sozinhos.
Porém, os pais sempre serão os atores principais do rompimento e da preservação das relações de afeto e de cordialidade. Quanto mais saudáveis elas forem, melhor será o desenvolvimento emocional e psicológico dos filhos para uma vida inteira pela frente.
Se você está vivenciando uma situação de alienação parental, pode contar com o apoio da consultoria especializada da Monteiro e Abreu que conta com profissionais qualificados para dar segurança em todas as decisões.
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Caso comprovado que há alienação parental, procure um advogado civil para que ele tome as providências necessárias, ou seja, abra um processo. Há a Lei nº 12.318 de agosto de 2010 que prevê punições ao indivíduo que está alienando.
Ansiedade, agressividade e nervosismo são reações esperadas pela imaturidade natural para lidar com a separação dos pais, mas é preciso perceber o excesso e as reações de raiva e incômodo sem causa aparente. Sinais de transtornos e depressão também são fortes indícios, quando o filho não consegue verbalizar e sofre mais internamente. O importante é prestar atenção ao comportamento para agir rapidamente.