Pensão Alimentícia e Novas Formas de Renda

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Pensão Alimentícia e Novas Formas de Renda: Como Influenciadores e Freelancers São Enquadrados na Justiça?

Orientação do Escritório Monteiro e Abreu

Nos últimos anos, o cenário econômico e profissional passou por profundas transformações. O crescimento das profissões digitais, como os influenciadores, freelancers e trabalhadores da economia gig, mudou a maneira como as pessoas geram renda. Com isso, surgiram novas questões jurídicas, especialmente no campo da pensão alimentícia. Como a Justiça deve lidar com essas novas formas de remuneração? O Escritório Monteiro e Abreu esclarece como a legislação brasileira tem se adaptado a essa realidade e como a renda variável tem sido considerada ao calcular a obrigação alimentar.

O que diz a Lei sobre Pensão Alimentícia?

A pensão alimentícia está prevista no Código Civil Brasileiro e baseia-se em dois princípios: a necessidade de quem recebe e a possibilidade de quem paga. Tradicionalmente, esse cálculo era feito com base em salários fixos. No entanto, com a ascensão de atividades econômicas digitais, novos parâmetros têm sido aplicados para determinar a contribuição alimentar.

 


Renda Variável e a Obrigação Alimentar

Com a diversificação das fontes de renda, especialmente por meio de plataformas digitais, a Justiça tem se mostrado cada vez mais flexível. Veja como isso se reflete nas decisões sobre pensão alimentícia:

• Influenciadores digitais: Aqueles que ganham dinheiro por meio de publicidade, patrocínios e monetização de vídeos enfrentam uma nova realidade judicial. Os tribunais têm considerado o faturamento médio mensal dos influenciadores como base para o cálculo da pensão alimentícia, de forma a garantir que a contribuição seja proporcional à sua capacidade de pagamento.

• Freelancers e autônomos: Para trabalhadores que não possuem salário fixo, como freelancers e autônomos, a Justiça tem utilizado extratos bancários, declarações de imposto de renda e até mesmo as movimentações financeiras em plataformas de pagamento (como PayPal e Pix) para estimar a renda mensal. Isso garante que o valor da pensão seja compatível com a realidade financeira do responsável.

• Criptomoedas e rendas alternativas: Com o crescimento dos ativos digitais, como as criptomoedas, algumas decisões judiciais já começaram a considerar esses ganhos na hora de fixar o valor da pensão. Embora seja um cenário novo, a Justiça está acompanhando a evolução da economia digital e adaptando seus critérios.

A Fiscalização da Renda Digital

A principal dificuldade enfrentada nos casos que envolvem renda variável está na comprovação da receita. Em muitos processos de pensão alimentícia, a parte interessada pode solicitar o acesso a movimentações bancárias, extratos de plataformas de pagamento (como PayPal, Mercado Pago, e Pix), além de declarações à Receita Federal. Isso visa garantir que a análise da renda seja justa e transparente, permitindo um cálculo adequado da obrigação alimentar.

Conclusão

Com as mudanças no mercado de trabalho e o crescimento de atividades como as de influenciadores digitais e freelancers, a Justiça tem se adaptado para garantir que as decisões sobre pensão alimentícia sejam justas, levando em consideração a realidade financeira das partes envolvidas. Se você é influenciador, freelancer ou trabalha com renda variável, é importante entender como a sua renda digital pode ser avaliada judicialmente. O Escritório Monteiro e Abreu está à disposição para oferecer a orientação jurídica necessária e ajudá-lo a lidar com questões relacionadas à pensão alimentícia. Entre em contato com o Escritório Monteiro e Abreu para uma consultoria especializada e tire suas dúvidas sobre o impacto da sua renda no cálculo da pensão.

Valkira Monteiro
Valkira Monteiro
OAB/SP 120.953