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A magnitude do COVID-19 causou grandes mudanças no cotidiano de toda a população ao redor do globo, através de medidas preventivas que pedem o isolamento social, a fim de evitar os riscos de contaminação com a doença e, assim, diminuir os casos de infectados.

No entanto, enquanto o risco de infecção pelo coronavírus diminui com o isolamento, os números de casos de violência doméstica aumentam.

Diante desse cenário, mulheres que sofrem com a violência doméstica estão fadadas a passarem mais tempo com seus agressores, o que levanta questões importantes a serem debatidas dentro da sociedade. Saiba mais!

Por que o isolamento social aumenta os números de violência doméstica?

O isolamento social prevê que todos permaneçam dentro de suas casas, com o objetivo de evitar o risco de contaminação com o coronavírus e, assim, reduzir os números de casos da doença no mundo.

Logo, essa medida pede que os indivíduos só deixem suas casas para acessar serviços essenciais, como supermercados, farmácias ou hospitais.

Dessa forma, mulheres que sofrem com a violência tendem a passar mais tempo com seus companheiros, o que pode resultar no aumento das agressões que, muitas vezes, sequer são denunciadas.

Em um cenário de emergência, portanto, há um maior risco em relação aos casos de violência doméstica contra mulheres em todo o mundo, devido a tensões dentro de casa que se tornam mais frequentes com o isolamento, além de maior ocorrência de desemprego ou queda de renda.

Assim, medidas devem ser todas a fim de evitar que tais números aumentem e, posteriormente, acarretem em problemas mais graves, como o feminicídio.

Por isso, diante a essas medidas, a ONU reuniu algumas orientações para minimizar o impacto da pandemia sobre as mulheres, tais como manter abrigos abertos para estas vítimas; criar maneiras seguras para que as mulheres busquem apoio, sem alertar seus agressores; evitar libertar prisioneiros que tenham praticado tais atos de violência doméstica e ampliar campanhas de conscientização pública.

Como identificar e ajudar as vítimas em caso de violência doméstica?

A violência doméstica não se limita apenas às agressões físicas – esse tipo de violência configura uma série de abusos, sejam eles verbais, psicológicos, morais ou também patrimoniais, que agem sob a autoestima da mulher, causando desgaste e traumas.

Por isso, dada à complexidade da situação, é importante saber reconhecer a violência e, principalmente, como denunciá-la.

Dessa forma, não podemos classificar a violência doméstica de maneira singular, pois esse tipo de abuso pode surgir de modos diferentes, de acordo com a necessidade do agressor.

Assim, violências físicas, psicológicas, que mexam com a autoestima da mulher ou a façam sentir inferior, verbais, morais ou patrimoniais podem ser pontuadas como uma forma de abuso.

E, a partir do momento que qualquer tipo de violência for identificado, é essencial denunciar. E tomar ações como o processo de separação, por isso, é importante saber como desfazer união estável.

No Brasil, as mulheres podem contar com o disque 180, da Central de Atendimento à Mulher, que trabalha com o recebimento de denúncias de violência doméstica e age com o intuito de deter o agressor principalmente por medidas protetivas que serão uma garantia para que esta vítima possa prevenir sua segurança, inclusive com reforço policial, se for o caso.

Em casos de violência doméstica, não tenha medo. Denuncie!

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